Experiência educativa do Ceaca

Localizada na região do Butantã, em São Paulo, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Desembargador Amorim Lima possui um Plano Político Pedagógico diferente das demais escolas. Na formação teórica do dia 04 de maio de 2015, os/as jovens monitores/as do Programa Jovem Monitor/a Cultural (PJMC) não apenas conheceram a experiência educativa do local, como também vivenciaram algumas práticas de arte-educação baseadas nas culturas tradicional e popular.

No período da manhã, os/as jovens participaram de vivências de coco de roda, samba de roda, maculelê, ciranda e outras manifestações culturais ministradas pelos mestres Alcides de Lima, Durval do Coco e o professor Rodrigo Pança, integrantes do Centro de Estudos e Aplicação da Capoeira (CEACA).

Existente desde 1988, o CEACA é uma associação sem fins lucrativos que tem como missão preservar e promover as culturas tradicionais, em especial a capoeira. Desde abril de 2000 desenvolve oficinas junto aos/as alunos/as da EMEF Desembargador Amorim Lima. No local, atua como Ponto de Cultura “Amorim Rima/CEACA” desde 2005.

[A formação do dia] foi mais uma vivência pra vocês [jovens] sentirem no corpo como se dá essa relação da cultura tradicional com a escola”, explicou Rodrigo Pança antes das atividades começarem.

Rodrigo também conversou com os/as monitores/as sobre sua trajetória na capoeira. Oriundo da Favela do São Remo, ainda criança começou participar das oficinas de capoeira no projeto “Minha História” ministradas pelos mestres Alcides e Dorival. “A capoeira e o trabalho que os mestres [Alcides e Dorival] desenvolvem, e que eu de certa forma dou continuidade, transformou a minha vida no sentido de sair daquele mundo da minha comunidade, porque se você não se abrir, você acha que o mundo é aquilo que se vive lá”.

 

Encontro de formação docente

São Paulo, 19 de janeiro de 2018.

A APEP (Associação de Professores das escolas públicas e sem fins lucrativos) convida detentores do conhecimento tradicional para compartilhar perspectivas diferentes de difundir conhecimento.

Mestre Alcides de Lima e os babalorixás Daniel Oguntobi e Patrício Araújo palestram sobre os valores civilizatórios afro-brasileiros no processo educativo, numa perspectiva histórica brasileira forjada na resistência, revisando os processos pedagógicos e de transmissão de conhecimentos, mesmos os tradicionais, na busca da minimização das diferenças entre as relações de poder dentro do processo educativo.

Capoeira resistência ancestral.

Projeto “Afrofuturismo – Olho do Berimbau” – Memória Audiovisual 2009

O Projeto “Afrofuturismo – Olho do Berimbau” é o resultado de um trabalho de pesquisa e investigação, intervenção urbana e apresentação audiovisual que tem como foco a história da cultura afro-brasileira na formação da identidade nacional.

“Esta atividade integra o Prêmio Interações Estéticas Residências Artísticas em Pontos de Cultura” e foi publicado no Youtube em 14 de out de 2015.

 

Direção: Daniel Lima

Concepção e Realização: Daniel Lima, Daniela Biancardi

Griô Urbano: Mestre Alcides de Lima

Ponto de Cultura Amorim Rima / CEACA:
Mestre Alcides de Lima
Mestre Dorival dos Santos
Mestre Durval do Côco
Adelvan de Lima (Esquilo)
Fabio Rocha (Soneca)
Herinque Rocha (Sonequinha)
Rodrigo Martins (Pança)
Tomás Pimentel (Tomate)
Direção Musical:
João Nascimento

Participação Musical:
Eliane do Côco
Diana Tatit
Tati Tatit
Katiane Mattge
Athaíde Camará (Marcha Lenta)

Assistente de Direção e Produção: Daniela Biancardi

Gravação: Estúdio 185

Técnico de Som: Lidenberg Farias e Beto Mendonça

Participação Especial:
Alfredo Zito
Athaíde Camará (Marcha Lenta)
CM Durval (Jabá)
Diana Tatit
Eliane do Côco
Emerson Marinheiro (Lagarto)
João Nascimento
Katiane Mattge
Mário Salles (Gaúcho)
Tati Tatit
Roberta Estrela D’Alva
Majoi Gongora
Paulinho Baraúna

Edição: Daniel Lima

Câmeras:
Daniel Lima
Eduardo Barros
Carol Misorelli
Daniel Prado
Eduardo Consoni
Evelyn Cristina
Fabio Rocha

Som Direto:
Camila Siqueira
Ben Charles

Produção Executiva: Carolina Barboza

Alunos:
Ana Carolina da Silva Oliveira
Ariane Luna Barbosa
Bianca Arguelho de Souza
Charles Alves de Almeida
Cristhian Campos Oliveira
Gabriela Barros
Giovanna Appel
Graziela Nascimento Tavares
Igor Alves de Souza
Igor Leme dos Santos
Isabela Appel
Jeffrey Pereira Tobias
João Victor Pereira Franca
Kamixa Pereira Tobias
Karla Karoline Torotrelli
Kayth Cristina Pereira
Ketelheen da Silva
Luan Lira Vieira
Lucas Pereira Tobias
Luciana Costa Alves
Luis Felipe Leme dos Santos
Marcos Paulo Barros
Matheus Pereira Tobias
Mayara dos Santos Oliveira
Nayara Novaes dos Santos
Ramon Ferreira de Oliveira Paiva
Rogerio Luna Barbosa
Tarsila Roque de Lima Pereira
Ynaê Oliveira Bomfim

Agradecimentos:
Ana Elisa Siqueira
As Rutes
Camila Siqueira
Eduardo Barros
Eduardo Benaim
Elisabeth de Lima
Equipe do CEU Butantã
Equipe do Museu da Pessoa
Flavinha (TV Brasil)
Floriana Breyer
Frente 3 de Fevereiro
Leandro Saraiva
Marilia Alvarez e Miguel Salvador
Pais e Mestres da EMEF Desembargador Amorim Lima

Apoio:
CEU Butantã
EMEF Desembargador Amorim Lima
Política do Impossível – PI

Fonte: Youtube

As Energias na Roda: Mestre Alcides e Mestre Brasília

Biocapoeira método desenvolvido para melhorar a qualidade de vida, aumentara o bem-estar e a longevidade. Sobre as energias da roda para a vida e da vida para a roda de capoeira. Entrevista gravada em audiovisual com dois grandes mestres da capoeira e da tradição oral: Brasília e Alcides relatam aqui a experiência deles com as energias da roda.

Mestre Durval do Coco no Sarau AfroBase

No dia 02 de julho de 2014, Sr. Durval do Coco, Eliane do Coco e o pessoal do CEACA fizeram realmente a terra tremer na batida do coco. O Sarau contou, além do coco, com a presença do rapper Charles, do Rodrigo Pança, do Fofão, do pessoal do Treme Terra e outros… Uma noite de poesia e prosa, para guardar na memória.

Diálogos contemporâneos: produção partilhada de conhecimento

Mostra de Greve na USP
Exibições e debates: Prédio de História e Geografia

A mostra de greve pretende ser um espaço em que as três categorias se reúnam para, a partir de filmes, refletir sobre problemáticas sociais brasileiras contemporâneas, e a partir destas, a própria greve.

02/06 (segunda-feira) 17h | Abertura: Qual greve queremos?

Filme. Peões. Dir. Eduardo Coutinho. 2004. 85’. Brasil.

Sinopse: A história pessoal de trabalhadores da indústria metalúrgica do ABC paulista que tomaram parte no movimento grevista de 1979 e 1980, mas permaneceram em relativo anonimato. Eles falam de suas origens, de sua participação no movimento e dos caminhos que suas vidas trilharam desde então. Exibem souvenirs das greves, recordam os sofrimentos e recompensas do trabalho nas fábricas, comentam o efeito da militância política no âmbito familiar, dão sua visão pessoal de Lula e dos rumos do país.

Debate: Jorge Luís Souto Maior (Docente Direito/USP) | Waldemar Rossi (Pastoral Operária de São Paulo)

 

03/06 (terça-feira) 14h | Violência e memória nas periferias de São Paulo

 

Filme. Mataram meu irmão. Dir. Cristiano Burlan. 2013. 77’. Brasil.

Sinopse: Doze anos atrás, Rafael Burlan, o irmão do diretor Cristiano Burlan, foi assassinado com sete tiros. O cineasta decide relembrar os fatos, investigando o envolvimento do irmão com as drogas e compondo um retrato da violência que domina os bairros do subúrbio de São Paulo.

Debate: Prof. Luiz Guilherme Galeão da Silva (Diversitas/USP) | Representante do Movimento Mães de Maio

 

05/06 (quinta-feira) 14h | Imigrantes, refugiados, clandestinos, trabalhadores: (auto)biografias

 

Filme 1. Costurando sonhos: a presença boliviana em São PauloDir. Eder Marques Loiola, Livia Almendary, Maurício Rodrigues Pinto, Raquel Piñas e Juliana Agnes Luizetto. 2007. 15’. Brasil.

Sinopse: Estima-se que a comunidade de bolivianos na cidade de São Paulo seja de 200 mil pessoas. Em sua maioria, consideram as condições de vida no Brasil melhores do que em seu país de origem. Muitos, no entanto, por não terem documentos e não falarem português, são explorados por donos de oficinas de costura, em condições análogas à escravidão. É comum vê-los procurando serviço nas ruas do Bom Retiro. Mas é comum também encontrá-los reunidos, aos sábados e domingos, em feiras e eventos da comunidade boliviana, com música, comidas e danças típicas. Costurando Sonhos mostra um pouco dessa pequena Bolívia em São Paulo e revela, a partir de depoimentos e entrevistas, as dificuldades de adaptação desses imigrantes em um novo contexto sociocultural.

Filme 2. Imigrantes e refugiados em São Paulo: A Casa do MigranteDir. Geral: Lucas Rached. 2010. 17’53. Brasil.

Sinopse: Imigrantes e refugiados acolhidos pela Casa do Migrante contam suas histórias, em um filme pensado e captado por eles mesmos.

Debate: Paolo Parise (Centro de Estudos Migratórios) | Prof. Heinz Dieter Heidemann (Depto. Geografia/USP)

 

09/06 (segunda-feira) 14h | (Des)caminhos das práticas educacionais

 

Filme. Vocacional: uma aventura humana Dir. Toni Venturi. 2011. 78’. Brasil.

Sinopse: O cineasta Toni Venturi revisita uma página emocionante e pouco conhecida da história da educação pública no Brasil: os colégios VOCACIONAIS, do estado de São Paulo, que na década de 60 foram reprimidos pela ditadura militar. Concebidos por Maria Nilde Mascellani, uma das mais importantes pedagogas contemporâneas, tinham uma proposta à frente de seu tempo: fazer o aluno pensar, trabalhar em grupo e desenvolver a sensibilidade artística e habilidades técnicas. Partindo do olhar pessoal do diretor, que participou desta experiência escolar, através do depoimento de vários ex-alunos e professores, o longa permite uma reflexão sobre os descaminhos a que o regime autoritário conduziu a educação no país. Ao olhar criticamente para o passado, o filme contribui para a compreensão da precariedade do ensino público atual e seus desafios para o futuro.

Debatedores: Lucinéia Almeida (funcionária FFLCH/USP) | Profa. Zilda Iokoi (Diversitas/USP)

 

11/06 (quarta-feira) 14h | Universidade além dos muros

 

Filme. Produção partilhada do conhecimento Dir. Universidade e Aldeia. 2013. 78’. Brasil.

Sinopse: Cinquenta indígenas de doze aldeias diferentes, partilham na aldeia de Sangradouro (MT) a produção do conhecimento com pesquisadores, e contam, através de curtas-metragens, suas versões de temas como Diabetes, Meio Ambiente, Jarudori, Alcoolismo, Museu e Memória.

Debate: Mestre Alcides (Mestre Griô)

Sérgio Bairon (Diversitas/USP)

Repetição do filme às 19h (sem debate)

MOSTRA DE GREVE Diálogos contemporâneos: produção partilhada de conhecimento -  Exibições e debates Prédio de História e Geografia
MOSTRA DE GREVE Diálogos contemporâneos: produção partilhada de conhecimento –
Exibições e debates
Prédio de História e Geografia

Mestre Durval participa da produção partilhada de saberes da tradição oral

O Curso Pedagogia Griô e Produção Partilhada do Conhecimento (USP) recebeu o Mestre Durval do CEACA. Após uma bela preparação e reverências aos Mestres da Cultura Oral, realizada por Rodrigo Pança, Márcio Caires e Lillian Pacheco, os participantes compreenderam que a cultura oral somente pode ser apreendida por meio de vivências orientadas pelos próprios Mestres Griôs. Fica aqui também nosso reconhecimento em relação à intermediação que a Pedagogia Griô realiza,como uma forma de vida que integra a tradição oral, a formação cidadã e a educação! A Pedagogia Griô foi desenvolvida pelo Grãos de Luz e Griô (Lillian Pacheco e Marcio Caires), com a participação de Everaldo Cândido e Neander Heringer (Nina Griô), Henri Durand e Mestre Alcides de Lima (CEACA) e de todos os presentes!

 

O CEDIPP (Centro de Comunicação Digital e Pesquisa Partilhada) tem por objetivos propor a PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM HIPERMÍDIA que investiga a relação entre a linguagem hipermídia e a produção do conhecimento científico; e a PRODUÇÃO PARTILHADA DO CONHECIMENTO, iniciativa interdisciplinar de investigadores e professores universitários brasileiros e estrangeiros, que pesquisam em parceria com comunidades afrodescendentes, indígenas e urbanas.

Edital do Programa Cultura Viva no Município de São Paulo

A Prefeitura do Município de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, torna público que entre os dias 16 de janeiro a 14 de fevereiro de 2014, estarão abertas as inscrições para credenciamento e seleção de propostas para o Programa Cultura Viva no Município de São Paulo.

O que é o Programa Cultura Viva?

Os Pontos de Cultura são o eixo principal do Programa Cultura Viva, implementado pelo Ministério da Cultura entre 2004 e 2005. A ideia do programa é valorizar e apoiar as iniciativas culturais da comunidade, reconhecendo o protagonismo dos cidadãos e cidadãs que produzem cultura em suas regiões. Entre 2004 e 2012, foram beneficiados 3.662 pontos de cultura em todo o país.
Os Pontos de Cultura são parceiros na relação entre o poder público e a sociedade, atuando em áreas e territórios da cidade em que a oferta de equipamentos e programas de inclusão cultural são insuficientes ou inexistentes.

Qual é o objetivo do programa?

Fortalecer a ação cultural dos grupos atuantes nas comunidades, ampliando o acesso aos meios de produção, circulação e fruição de bens e serviços culturais.

Qual é o período de inscrições?

Entre 17 de dezembro de 2013 e 15 de janeiro de 2014, o edital será publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo para consulta. As inscrições das organizações da sociedade civil poderão ocorrer entre 16 de janeiro e 14 de fevereiro de 2014.

Onde serão feitas as inscrições?

As inscrições para o credenciamento e seleção para a Rede de Pontos de Cultura do Programa Cultura Viva no Município de São Paulo deverão ser realizadas na Sede da Secretaria Municipal de Cultura – Núcleo de Cidadania Cultural situada na Av. São João, 473 – 9º andar, Centro (Galeria Olido) no período de 16 de Janeiro a 14 de Fevereiro de 2014, de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h. Nos dias 13 e 14 de fevereiro de 2014, o horário das inscrições será estendido: das 10h às 18h.

Quem pode inscrever projetos e ser credenciado?

As organizações interessadas em se inscrever no Programa Cultura Viva no Município de São Paulo deverão estar sediadas na cidade há, pelo menos, três anos.
Não podem participar: pessoas físicas; instituições com fins lucrativos; escolas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, suas mantenedoras e associações de pais e mestres; fundações e institutos criados e mantidos por empresas ou grupos empresariais; entidades do Sistema “S” (SESC, Senac etc); instituições ou grupos conveniados com o Ministério da Cultura ou do Governo do Estado de São Paulo, , cujo objeto do convênio seja a implantação de Pontos de Cultura, com parcelas financeiras a receber e instituições que estejam inadimplentes com órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal.

Qual é o investimento?

Ao todo, serão investidos 15.350.000,00 até o final de 2014, sendo R$ 6 milhões de recursos federais e R$ 9.350.000,00 oriundos do orçamento da Secretaria Municipal de Cultura. Na primeira etapa, serão selecionados 85 projetos de Pontos de Cultura, distribuídos pelas várias regiões da cidade, que receberão, cada um deles, recursos financeiros no valor de R$ 160.000,00 para desenvolverem atividades culturais pelo período de dois anos.

Quantos projetos serão selecionados?

São Paulo terá 85 Pontos de Cultura nesta primeira etapa. Trata-se de uma ação estratégica como política pública para a cidade, que integra o Plano de Metas da Prefeitura de São Paulo, com previsão de alcançar, até 2016, 300 Pontos de Cultura em toda a cidade.

Como será feita a seleção?

Uma comissão formada por 16 membros, representantes da sociedade civil e do poder público, com reconhecida experiência na área cultural, fará a seleção dos projetos que integrarão a rede municipal de Pontos de Cultura de São Paulo.

CONFIRA O EDITAL NA ÍNTEGRA