Mestres e griôs são bibliotecas vivas do saber ancestral. São personagens importantes que remetem à tradição oral da África negra, especialmente nas sociedades do noroeste africano, em que a oralidade (e não a palavra escrita) é o principal meio de manutenção das culturas. Em vez do registro em livros e arquivos, é a circulação do conhecimento que garante que as culturas permaneçam vivas.

A palavra griô tem sua origem em bamanan (língua do noroeste da África, antigo império do Mali) e o seu significado é: “o sangue que circula”. Os griôs são como trovadores ou menestréis, considerados agentes que dão continuidade à cadeia da transmissão oral, fazendo circular os saberes tradicionais. Podem ser músicos; “embaixadores” que atuam na mediação de conflitos entre as famílias nobres; e poetas, historiadores ou genealogistas que percorrem os países para descobrir e contar as origens dos troncos familiares. Nessa categoria, podemos incluir um rol de mestres capoeiristas, antigos e atuais, como corresponsáveis pelas lutas e conquistas de reconhecimento da cultura negra no Brasil.

Para saber mais, consulte: BÂ, A. H. A tradição viva. In: KI-ZERBO, Joseph. História geral da África, Vol. I. São Paulo: Ática-Unesco, 1982.

Mestres da tradição oral: Durval do Coco, Dorival dos Santos e Alcides de Lima.

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