Uma roda de conversa com Mestre Alcides de Lima é sempre um momento precioso para extrair partículas de sabedoria sobre a vida, o imaginário e os valores simbólicos que alimentam a cultura de tradição oral. O sagrado está em toda a parte!
Neste breve vídeo que disponibilizamos, Mestre Alcides de Lima fala das relações transversais entre a Capoeira e o Candomblé no Brasil, destacando como a música e os toques (pontos) migram de um lugar para outro, de modo que nem nos damos conta do quanto somos tributários da rica cultura afro-brasileira que herdamos de nossos ancestrais.
A música “Marinheiro Só” já foi interpretada por muita gente: Clementina de Jesus, Clara Nunes, Marisa Monte, Maria Bethânia, Caetano Veloso entre outros; além de “ponto de Candomblé”, é uma das canções mais populares entre os praticantes da Capoeira, presente também em festas infantis. Pertence ao patrimônio das culturas de tradição oral.
Marinheiro Só
Eu não sou daqui, Marinheiro só
Eu não tenho amor, Marinheiro só
Eu sou da Bahia, Marinheiro só
De São Salvador, Marinheiro só
Lá vem, lá vem, Marinheiro só
Como ele vem faceiro, Marinheiro só
Todo de branco, Marinheiro só
Com seu bonezinho, Marinheiro só
Ô, marinheiro, marinheiro, Marinheiro só
Ô, quem te ensinou a nadar, Marinheiro só
Ou foi o tombo do navio, Marinheiro só
Ou foi o balanço do mar, Marinheiro só